UM



Qualquer coisa que olhemos, para qualquer objeto que apontemos, de tudo diz-se que é...

...é o parque, é a pessoa, é a vida! Tudo é...

...mas você sabe o que é o "é"?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dança da vida

 Os aprendizados atuais revelam fantásticas respostas sobre a necessidade de se ter vivido o que se viveu.
 Os aprendizados futuros revelarão fantásticas respostas sobre a necessidade de se viver o que, hoje, se vive.

Os aprendizados atuais revelamo fantásticas respostas sobre a necessidade de se viver o que, hoje, se vive.
Os aprendizados futuros revelarão fantásticas respostas sobre a necessidade de se ter vivido o que se viveu.


  "O hoje é apenas um furo no futuro por onde o passado começa a jorrar." - Raul Seixas.

Ao infinito...

  • Se quisermos, num instante, ter muito, pouco saberemos explorar as possibilidades deste muito.
  • Porém, se irmos, ao longo dos tempos, explorando e conhecendo o que temos, aí saberemos explorar as possibilidades do que temos e, já, teremos muito.
  • Tendo muito e sabendo explorar este muito, outras possibilidades aparecerão no explorar e, já saberemos que, com a ordem do " ir experimentando e conhecendo" no nosso explorar, estamos fadados a tudo ter à nosso dispor.
  • Já, quanto mais sabemos, quanto mais temos... 

domingo, 28 de agosto de 2011

Caminho de verdade...

  Seguir prende... 
  Criar liberta...
  Desabroche! Não deixe que te arroxem.
  Faça-se louco antes que te façam louco.

      O que se poderia dizer sobre estas frases? Será que conseguimos ser plenamente criadores ou plenamente seguidores de algo? O último conceito - a loucura - fornece pistas sobre a distorção originada nestas e noutras compreensões enxutas. 
      Pois o que seria de uma criação de alguém se não houvesse o sustento deste ato inovador? Como criar uma nova cadeira sem que haja algo de conhecido que a envolva? Como não seguir nenhum parâmetro para criar algo dito: novo? Uma cadeira é feita de materiais já conhecidos. O conceito de cadeira - seja: um objeto para sentar-se e recostar as costas - já deve estar existente na linguagem. Linguagem? O que seria isto não houvesse as outras pessoas com quem o dito criador fala e exercita o diálogo? O que é então, criar? E o que é seguir?
       Ademais, o tal criador nasceu em algum berço familiar, pessoas o ensinaram os primeiros passos, ensinaram-no a fala, o manusear de utensílios já criados por irmãos humanos. Foi inserido em alguma cultura, seja no âmbito mais geral de seu meio social, seja nos âmbitos mais contidos da diversidade cultural humana. O tal criador deparou-se, ao longo de seu crescimento humano, com incontáveis traços já criados, já usuais do grupo humano mais geral e mais próximo à sua presença.
       Sua família, seja ela qual for, foi sua porta de entrada ao mundo físico-humano. Nesta instituição sangüínea não somente aprendeu o balbuciar de sons compreensíveis, não só foi sustentado fisiologicamente.
       Enquanto seu corpo era alimentado, enquanto exercitava seus músculos e interagia com sons pouco esclarecedores, seus olhos viam as demais pessoas, seus ouvidos sentiam a dança verbal travada pelos adultos. E ao longo dos dias ia percebendo as diversas nuances envolvidas naqueles conjuntos de estímulos que vinham continua e dinamicamente daqueles contraditórios corpos de carne. E foi notando forças existentes dentro daqueles humanos, notava que cada um era único, com suas próprias dinâmicas ativo-reativas. E quando olhou para o meio daqueles que o cercavam, seus responsáveis e aqueles que se aproximavam destes primeiros, via agora o encontro destas dinâmicas.
        Podia já, o nosso criador, entender algumas palavras, sabia interpretar certas entonações de voz que se aliavam à posturas corporais, e na qualidade de espectador de seu redor - principalmente seu redor humano - assistia aos encontros destas forças reativas, sentia as atmosferas que se configuravam na interatividade dentre as pessoas que apareciam ao seu redor, observava o que falavam, como falavam, quem dizia o que, e compartilhava dos resultados desta contínua convivência. Conhecia assim, a política dentre as pessoas, observava comportamentos - mesmo que sua mente nem significa-se este seu ato de absorção.
        Até que um dia, sadio fisicamente, hábil a andar, correr, pular, encontrou-se com outras pessoinhas: uniram-se naturalmente, enquanto os responsáveis falavam-se adultamente, e ali o criador sentiu sua humanidade. Nas brincadeiras infantis sentia as vontades mais variadas crescer dentro de si, ali ele usava - experimentava - seus aprendizados originados de suas particulares vivências retrógradas.
        Então o que é este sujeito criador? - Foi ensinado de acordo com as condutas culturais humanas, mais gerais e mais específicas. Sentiu a humanidade de seus próximos, no modo como cada qual reserva-se único na diversidade de tons comportamentais que produzimos uns frente aos outros. Sentiu que era também um ser humano, com vontades variadas, com suas forças de personalidade. Ele se comunica usualmente pela linguagem que seus responsáveis utilizam, ele segue as regras de seu meio social mais próximo, ele pôs-se em contato com as práticas e com as possíveis teorias cultuadas por seus responsáveis. Mais tarde, o dito criador notou haver tantas outras práticas e teorias presentes no grupo humano, as quais dosou ou não com aquelas que lhe incutiram seus responsáveis.
        Enfim, o criador foi crescendo e notando que ele estava cercado de modos de ser em que está enquadrado, pelos quais, portanto, muito antes de notar-se um ser existente, já estavam dizendo dele e já estavam educando-o conforme estes modos padrões. E o nosso criador, agora, parece estar se apagando em meio a tantos padrões que lhe definem e nos quais lhe educaram!
        O criador é criador porque reúne todos estes traços parciais e os personifica em si. A criatura humana é criadora sempre, porque unifica todas estas referências por que falamos dela, através das quais educamo-la, acreditamo-la assim ou assado. Este nós - grupo humano - é impessoal, este nós é errante e distorcido porque deixa implícito o Único dono de toda experiência: você...
        Você é o único ser importante - Eu sou -, tudo o que há além é experiência sua, você unifica tudo o que viveste e que aprendeste, você sustenta todo o mundo que acreditas existir. Se você acredita, ou mesmo, tem certeza haver outros irmãos humanos, acredita haver um "mundo lá fora", podes estar certo de que foi você que abriu-se a tais signficados, a tais compreensões. Você é o único ser aberto às possibilidades todas, e para ver claramente isto basta que você pense algo anterior à sua própria existência. Se você não existisse, nada teria relevância alguma, nada importaria.
         Mas o traço da coletividade presente em cada um de nós é muito forte e, estou certo, não tardaria para alguém realçar a permanência do "mundo lá fora" mesmo quando eu não mais existir, pois bem, e que importará para mim a permanência deste mundo externo a mim se eu mesmo já estiver sumido de qualquer existência? Nada mais perceberei, não sentirei mais nada, que importa coisa alguma neste nada que serei. Você é aberto ao existente!
        Desde o seu nascimento físico você percebe e aprende de peculiar modo aquilo que de padronizado lhe ministram. Seu modo de falar é único, o que você fala sai de uma mentalidade única. Seus comportamentos, o mais simples dos atos que seja, apresenta peculiaridade de movimentos. Você vive, e podem dizer - e efetivamente dizemos uns aos outros - que passaste por esta e aquela etapa, por este ou aquele aprendizado diante desta ou daquela experiência, mas foi você que arranjou, você e unicamente que organizou tais instruções de vida, você que concluiu agir, se comportar deste modo como o fazes. Se dizes que seus pais eram bravios e ignorantes e então, por isso, você é deste modo rude, é você quem se justifica, é você o responsável, e unicamente, pelo que és, por aquilo que fazes. O que fazes consigo mesmo?
        Sim, cada um de nós segue os passos dados pelos outros humanos, segue o curso de nossa própria história de humanidade, mas a segue parcialmente, pois cada qual inova quando absorve tais parcialidades de que consiste todo o nosso conhecimento. A sua, aparentemente simplória, definição de casa é distinta que qualquer outra, pois mesmo que as palavras possam ser as mesmas, as suas lembranças são somente suas e, ademais, se nos pusermos a definir cada palavra presente na definição de "casa", a discussão e as distinções serão inevitáveis.
        Mas, por hora, a coletividade da qual compartilhas a sua humanidade, graças à qual podes ler e entender este arranjo de palavras e da qual, além, retiras os parâmetros para saber o que é você, apresenta-se sob um perigoso condicionamento filosófico-cultural, pois é pautada muito intensamente no diálogo sobre o que é comum a todos nós, ditos seres humanos.
        Infelizmente nestes tempos, querem, todos nós, ainda que inconscientemente, convercer-te de que não és a única coisa que és, atrapalham-te todos e você, volta e meia, atrapalha outros sujeitos de livres possiblidades que todos somos. Os nossos diálogos quaisquer, de forma geral, não acusam-se parciais e dignos de falhas incontáveis,ao contrário, quanto mais seriedade impomos ao discurso, mais pretendem-se, as suas razões, serem acima de objeções.
        Falamo-nos todos, uns aos outros, em tons mais variados: somos cérebro, somos amontoados de átomos, somos seres humanos, somos corpos, somos seres finitos, somos seres infinitos, somos seres biológicos, sociais, políticos, espirituais... Sim, enquanto estivermos dizendo "somos", todas estas explicações parciais estarão acertadas, porque este "nós" é parcial e é errante em si mesmo, este "nós" é sustentado pelo que é comum nos seres únicos que cada um de nós é. É esta entidade incomparável que é cada qual a que sustenta tantos adjetivos e compreensões parciais, pois é ela que está vivendo aqui e agora!
         Sou um que olha para o todo. Não me permito que me digam o que sou, sou o que meus olhos dizem-me que sou, e se "tapo o sol com a peneira" diante de mim mesmo, digo - ou não - que sou falso comigo mesmo. E se aceito ser tudo isto que dizem-me os estudiosos ser eu, aceito em termos, pois, quando vejo alguém não o questiono: "e aí, como vai teu cérebro?" "e aí, como vai teu corpo?". Quando deparo-me com meus familiares não posso ver amontoados de átomos e, nem sequer, penso nisto quando os vejo, lembro-me sim do particular ser que está à minha frente, lembro-me de seus traços de comportamentos, suas peculiaridades. 
        Sou mais que aquilo que me dizem que sou e sou mais que aquilo que eu próprio alcanço dizer que sou. Se aceito a parcialidade daquilo que a cultura humana diz que sou, inquieto-me ao fitar-me indefinido, inquieto-me ao vislumbrar que, sim, eu mesmo é que estou me abrindo ou me fechando para certos conhecimentos e que isto não me mostra fim, mostra-me um parâmetro pelo qual poderei basear-me, ou não, na vivência contínua da vida. Nunca alcanço dizer acertadamente que sou algo acabado, pois que, quando assim digo, o tempo avança e me planta dúvidas para qualquer definição enxuta e acabada. 
        Além disso, a convivência humana mostra-me que sou contraditório, existem regiões distintas em meu ser, as quais se afloram conforme vai se operando mudanças nas minhas circunstâncias mais externas digamos. Quando me encontro com outras pessoas não sou o mesmo, não penso da mesma forma como sozinho pensaria, por vezes, vou tanto no embalo energético do pessoal que me perco de minhas próprias convicções morais, torno-me hipócrita. Acabo por falar da vida alheia, imagino soluções imediatistas e falsas para os problemas sociais e, depois, vejo o quão fraco, indeciso sou frente à força da conveniência coletiva.      
        O que resta saber agora é dosar esta coletividade em você que é a verdade.
        Infelizmente ainda não educamo-nos para tanto. Nossas proles estão a nascer e estão, agora, por nós sendo educadas por esta cultura que soterra aqueles que a detêm e que podem mudá-la efetivamente, a cultura nos equaliza ridiculamente.
        A maioria de nós já viventes, adultos e velhos de guerra, criamos mediocremente nossos próprios caminhos por causa desta força cultural que enquadra-nos e faz-nos crer em padrões estáticos de humanidade. Talvez não haja mais tempo para uma maior originalidade para nós, para alguns, conveniente é acreditar na finitude de sua própria existência em face de uma vida indomada nos seus impulsos imediatistas, para outréns conveniente é crer na promessa do paraíso Eterno em face de uma vida de auto-negação diante das possibilidades sempre presentes dos prazeres mundanos. Muito embora, ambos extremos se assemelhem plenamente, os boêmios e os recatados foram soterrados no que sentiam serem, apenas reagiram em discrepância uns entre os outros.
        Olhemos para aqueles que agora nascem, para aqueles que agora vivem e que, por hora, conservam-se ingênuos, olhemos aos filhos de humanidade. Estes ainda não foram adestrados para se apagarem mormente no turbilhão de parcialidades que reservamos para significar este "nós" que, parcialmente, formamos. Dentro deles ainda está latente sonhos originais que arderão na adolescência, sonhos realmente desafiadores de nossa alastrada descrença.
        Àquele que persegue seu sonho pode-se dizer de um criador efetivo, que percebe a si mesmo detentor de seu caminho não importando quantos o persuadam a desviar-se de sua senda. Aquele que garimpa em si um sentido para sua vida olha à frente e vai se tornando capaz de decidir com autoridade as doses de coletividade para si, ele, ao longo de suas experimentações, vai aprendendo a sentir o que lhe será útil e inútil, nesta coletividade, à sua ânsia de vida. 
        Diria aqui que nós velhos temos que incitar os nossos filhos à buscar dentro de si mesmos este norte vital, pois esta é a única forma de guiá-los saudavelmente por dentre nossas limitadas classificações.
        À cada qual humano que viveu e vive, reservou-se e reserva-se uma originalidade criativa sem par...
        Que você, velho, tenha achado o texto um tanto sonhador, romântico, saiba: Você nunca escapa de você. Que você achou isto ou aquilo, tudo bem, isto lhe é conveniente, conveniente para aquilo que construiste para ser você!
            
                     
          
        

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Saudades

A saudade é sentir que o coração não entende! A saudade é nostalgia de algo que passou, nostalgia de algo bom e belo, por isso, é que o coração não pode entender, não pode aceitar, pois, para ele o que é bom é Eterno, pois para ele é alimento algo bom e belo, para ele é Verdade incessante. Mas para o resto do corpo não, este algo bom, se não continua na mesma intensidade que começou, ele não responde da mesma forma, simplesmente, ele não é estimulado com tal intensidade, mas, o coração, sentimental que é, tornou este algo um sentimento Eterno e fica suscitando ao corpo algo que ele já não pode mais reconhecer com tal intensidade, agora, só a mente lembra e, toda vez que lembra, acorda o sentimental coração, que volta a bater como se aquele algo bom e belo tivesse voltado plenamente, quando, na verdade, só é a mente está se lembrando. Instalou-se a saudade, sofrimento belo!
Por isso, o coração conspira contra o poder do esquecimento da mente quando o algo foi Verdadeiro e sincero, quando o algo foi bom e belo como uma dança de acasalamento. A mente esquece e pode ser treinada para esquecer, porém, se este algo conquista e toca o coração, não tem jeito, o sentimento reluz e o significado do algo sempre brilhará na mente, pode este significado ser massacrado pela distância e pelo tempo, porém, nunca é esquecido completamente, sempre, vez ou outra será lembrado vindo à tona, o coração responde imediatamente batendo emocionado, mas, o corpo reconhece que tudo não passa de uma lembrança, uma sutileza pesadíssima para a ânsia física do corpo e, não raras vezes, o olho vem derrubando as lágrimas deste belo sofrimento, a saudade.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sem fronteiras

  • No mundo físico, movimento são ações corporais físicas.
  • No mundo sentimental, movimento são aflorações energéticas que nos excitam vibratoriamente ou no sedam a vibração vigente. No corpo físico humano os acessos sentimentais são sentidos dentre a área longitudinal do corpo, compreendendo desde a cabeça até a genitalia.
  • No mundo mental, movimento são os pensamentos e suas decorrências de mesma natureza. No corpo físico humano a mente se aloja na cabeça e, mais especificamente, no cérebro.
  • No mundo sensorial do eu, o movimento compreende qualquer mudança circunstancial. Seja no âmbito mental, sentimental, físico ou na circunstância mais vívida do eu humano, o meio físico Terreno.
 Logo, o eu ou, a alma, não é tão somente mente ou sentimentos, a alma é todo o seu ser de acordo com sua própria capacidade de conceber a integridade de sua consciência. Logo, à medida que segues o teu aprendizado e aumenta tuas capacidades de concepção, mais vais te aproximando do que realmente é todo o teu ser. Esta sua caminhada educativa lhe é própria e intransferível, porém, lhe guia a uma comum conclusão espiritual, a qual todas as almas chegarão em um certo momento e, já, encontrar-se-ão inseparáveis.

PALAVRAS NÃO DIZEM COISAS DISTINTAS, DIZEM SOBRE REGIÕES DE UMA MESMA COISA!