UM



Qualquer coisa que olhemos, para qualquer objeto que apontemos, de tudo diz-se que é...

...é o parque, é a pessoa, é a vida! Tudo é...

...mas você sabe o que é o "é"?

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Disciplina ou Liberdade?


  Disciplina e liberdade!

 Disciplina porque vivemos juntos e unidos em inexorável.
 Liberdade porque, nesta comunhão inescapável, cada ser é singular, único.

 Faça-se estas perguntas:
 Como eu tería liberdade de ação sem estar em comunhão com vocês, aos quais se destinam minhas ações tornando-as ações efetivamente? Havería alguma outra possibilidade para eu mostrar-me senão junto destes que, comigo, comungam da existência?
 Diante disto: como não realçar vocês nas minhas livres escolhas de ação se, justamente, é em vocês, os outros que são como eu, que minhas livres ações suritrão efeito e, portanto, serão efetivas?

 Logo, indissolúvel é a liberdade da disciplina e  a recíproca:  
  • Sem disciplina não temos liberdade, temos libertinagem, pois que sem equilibrada consideração dos outros nas ações de cada um, caótica e vil se torna esta nossa união existencial.
  • Sem liberdade aos indivíduos temos prisão e adestramento uns dos outros, uns pelos outros. O que, logo, leva nossa união à estagnação por não haver as incomparáveis manifestações de que, cada um de nós, é capaz.

 Liberdade necessita da disciplina, e disciplina possibilita a liberdade.
 Disciplina necessita da liberdade, e liberdade possibilita a disciplina.

domingo, 12 de agosto de 2012

Ir...


Tal como tragar o ar.
Tal como embriagar-se com água.
Tal como apaixonar-se por aqueles que já lhe são próximos e muito familiares.
Encher-se de felicidade e satisfazer-se por simplesmente viver dia após dia é como aquelas situações citadas acima.

Por isto mesmo é que existe-nos à disposição as alterações psíquicas, químicas de toda a ordem. O vício do fumo e dos psicotrópicos, a embriaguez, a paixão por alguém que de repente nos aparece, todas alterações ilusórias e fugazes de todo... Alguém, por através destes acessos que tiram-nos da dita sobriedade, diz-nos, ao cabo de todas nossas investidas na ilusão, que o "grande barato" é mesmo estas condições normais em que, sem cessar, vivemos; que o "grande barato" é investir, com maior detimento, nosso amor àqueles que já nos são próximos.
A conversa com Deus é mesmo aí: atentar ao gosto inenarrável da água; sentir o ar a vertilar nossos corpos; fitar, assumir e proceder o estudo junto aos desafios que encontramos no conviver com os outros de nós, principlamente com aqueles nossos próximos... desafios dos quais fugimos ao esconder-nos atrás das garrafas bonitas, das cortinas de fumaça, do objeto recém comprado, do repouso frente à TV...atrás de tudo aquilo que não vai dar-nos cativeiro infinito, ainda que possamos, dinamicamente, seguir infinitamente de esconderijo em esconderijo até a exaustão...até o estopim tenebroso; Deus a dizer: Acorda!