UM



Qualquer coisa que olhemos, para qualquer objeto que apontemos, de tudo diz-se que é...

...é o parque, é a pessoa, é a vida! Tudo é...

...mas você sabe o que é o "é"?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Às vezes, há uma ânsia por contar algo.
Às vezes, há tanta riqueza que vejo no simples brilhar do sol.
Há tanta riqueza no aparentemente simples conjunto de árvores que formam um bosque.
Chego à casa! E quero dizer aos irmãos desta riqueza que senti.
Vou contar, começo a imaginar as palavras...
...não as encontro.
O que irei dizer? “vi o sol brilhando”? “as árvores do bosque estavam lá”?
Não é isto! Não é isto!
Ou melhor, é isto sim, é isto mesmo, o sol brilhava, as árvores estavam lá... Eu estava lá!
O sol me viu chegar, as árvores falaram entre si da minha presença, eu estava lá.
Eu ouvi aquele silêncio sincrônico, tudo estava no seu lugar quando cheguei!
Só faltava eu, e quando cheguei, tudo se completou!
Apresentou-se a fartura inefável e, agora, palavras soam grosseiras e vis para esta comunhão a que fui convidado.
Ademais, os irmãos... Ah os irmãos, tão ocupados...

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