A separação de assuntos é droga que encarcera o ser humano na ignorância e na descrença da vida.
O coração, o sentimentos, a dito irracionalidade, permeia sorrateiramente toda seca e prática racionalidade.
Se se é muito prático e racional, pode-se ser também uma criança sentimentalmente. As razões que se discursa, muito provável, servem, ignoradamente, para travestir e disfarçar os seus farrapos sentimentais.
Separar os assuntos, tornando-os inconciliáveis, faz sombra naquilo que, normalmente, envergonha-nos, e o que envergonha-nos é ignorado e não estudado e, logo, o ser humano, com sua louvável racionalidade, deixa-se à mercê daquilo que lhe é mais difícil e sôfrego estudar, a aparente irracionalidade de seus sentimentos.
O humano é incapaz de ver o todo porque ver o todo que o cerca envolve, irrevogavelmente, ver e estudar a si próprio.
Mas, enquanto todos os humanos não decidirem pelo auto-estudo, até mesmo aqueles que já se propõem tal crítica ensimesmada terão, em algum momento, que separar assuntos e pensar doentemente a vida.
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